News — 24 October, 2022
Cayambe: Gestão de risco em áreas vulcânicas
A gestão de risco em áreas vulcânicas no Equador é uma atividade necessária na qual o mapeamento aberto desempenha um papel importante. A partir do Hub demos um primeiro passo para atingir esse objetivo.
Quito, a capital do Equador, é uma cidade no meio de vulcões. Os vulcões não ativos Casitahua e Pululahua estão muito próximos do norte da área urbana, e o vulcão ativo Pichincha também está bastante próximo da cidade. Mais próximos estão o Antisana, o Cotopaxi e o Cayambe, que se entrarem em erupção afetaria as cidades vizinhas e em alguns casos a própria cidade de Quito, principalmente com a emissão de cinzas vulcânicas, como já aconteceu no passado, e dependendo o vulcão e a força da erupção, podem até afetar os mananciais da cidade com deslizamentos de terra e outros.
Nesse contexto, quando Mayah Cueva da AEON Art Gallery nos propôs - ao Hub e Openlab Equador - organizar alguma atividade de mapeamento com esse tema de risco vulcânico, rapidamente aceitamos e elaboramos um plano de ação. Com bastante coordenação envolvida, várias atividades foram finalmente realizadas -veja todas na página do projeto- das quais as principais foram: mapeamento na cidade de Cayambe e o Mapathon na Escola Politécnica Nacional de Quito.
MAPEAMENTO DE CAYAMBE
A atividade agendada para sexta-feira, 9 de setembro, contou com a participação de 20 pessoas e decorreu entre as 9h e as 18h. Para realizá-lo, os esforços de várias organizações e instituições tiveram que ser coordenados, tais como: HOT, OpenLabEc, Tierra Pura, Youthmappers/GeoMap Espe, Município de Cayambe - Escritórios de Risco e Turismo, Cruz Vermelha e Instituto Geofísico Equatoriano.
Foram mapeados pontos de interesse em 5 comunidades da região: Santo Domingo 2, Paquiestancia, Cariacu, Pesillo e La Chimba; todos localizados na zona de influência do vulcão Cayambe. Para tanto, havia um ônibus da Prefeitura de Cayambe, que possibilitou o deslocamento e posterior retirada das equipes de mapeamento conforme o trajeto e horário previamente estabelecidos.
Durante o trabalho de mapeamento propriamente dito, realizado com diversas ferramentas móveis como Mapillary, Street Complete y Organic Maps, funcionários da Prefeitura de Cayambe, da Cruz Vermelha e do Instituto foram apresentados e receberam treinamento básico no uso dessas ferramentas.
Depoimentos dos participantes do mapeamento podem ser vistos nos seguintes vídeos no Instagram: Esteban Brboric (ciclista e guia), José Franco (Cruz Vermelha), Daniel Sierra (Instituto Geofísico), Cristian Almeida (Município de Cayambe - Gestão de riscos), Dayana Andrade (Município de Cayambe - Turismo).
MAPATONA
A atividade -realizada no sábado, 10 de setembro na Escola Politécnica Nacional- contou com a participação de 11 pessoas presencialmente e 3 pessoas virtualmente. A equipe responsável (OpenLabEc, HOT e Youthmappers/GeoMap Espe) fez uma introdução ao OpenStreetMap, HOT e ao trabalho de mapeamento como tal, utilizando o Tasking Manager para as zonas Reventador 1 e Cayambe.
As pessoas que participaram mostraram um bom grau de interesse, aprendendo as técnicas básicas de mapeamento e ajudando a completar o mapeamento nas áreas determinadas da mapatona. Eles também expressaram sua vontade de participar em futuras atividades semelhantes.
Os testemunhos dos participantes do mapatón podem ser vistos nos seguintes vídeos no Instagram: David Molina, Jessenia Vallejo, Solange Yepez.
O FUTURO
Acreditamos que este primeiro passo para realizar ações de mapeamento colaborativo no Equador em breve será replicado, tanto com as organizações que participaram desta atividade quanto com outras que se interessaram por ela e nos contataram para futuras colaborações.
O fortalecimento e animação das diferentes comunidades OpenStreetMap no Equador também é resultado desta atividade que já começa a ser vista e que continuaremos apoiando.